Teor de matéria seca e produtividade do milho sob deficiência de água em diferentes fases fenológicas

Abstract

A produção de fitomassa do milho depende da disponibilidade de água no solo e de luz solar ao longo do ciclo de cultivo, principalmente nas fases reprodutivas, quando há a determinação da produtividade de grãos. Com este trabalho, objetivou-se avaliar as variáveis meteorológicas e a produtividade do milho sob restrição hídrica em distintas fases fonológicas no Sertão Alagoano. O experimento foi conduzido no Instituto Federal de Alagoas, Campus Piranhas, durante os meses de fevereiro a junho de 2019. O delineamento experimental foi em faixas com quatro repetições, em que os tratamentos foram cinco períodos de submissão da cultura ao estresse por déficit hídrico, os quais ocorreram a partir das seguintes fases: pendoamento, polinização, grão leitoso, grão pastoso e grão farináceo (sem estresse). A partir dos dados coletados durante a condução do experimento, analisou-se o efeito dos elementos meteorológicos sobre a cultura, estimativa da evapotranspiração da cultura (ETc), estimativa de graus-dia, produtividade de matéria seca pela planta e produtividade de grãos. A suspensão no suprimento de água entre a fase de pendoamento e grão farináceo promoveu produtividade de matéria seca na ordem de 5,17 a 17 t ha^-1e eficiência no uso da radiação de 0,41 a 1,36 g MJ^-1. A falta de água a partir da fase de pendoamento promove a não formação de espiga e, com isso, limita o cultivo apenas para produção de forragem. A suspensão do fornecimento hídrico via irrigação a partir da fase de polinização promove produtividade de grãos acima de 2 t ha^-1.