A ocupação Flores do Campo: o acesso dos moradores aos serviços públicos e sociais do território e entorno
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n7-101Keywords:
ocupação informal, desigualdade socioespacial, segregação, direito à cidade, habitação socialAbstract
A realidade das cidades brasileiras tem nos mostrado que historicamente a desigualdade socioespacial se tem feito presente para uma parcela significativa da população, o que se reflete nas relações sociais e nas condições de moradia, criando territórios da cidade ilegal. Propõe-se nesse artigo apresentar o estudo da ocupação informal do Flores do Campo, localizada na cidade de Londrina, estado do Paraná, no que refere às dificuldades de acesso aos serviços públicos na localidade e nos bairros do entorno. Utilizou-se como método a revisão bibliográfica e a pesquisa documental existente nos órgãos governamentais, além de entrevistas disponíveis nas mídias sociais. Ainda que muitos possuam cadastro há anos na Companhia de Habitação de Londrina (COHAB-LD), a ocupação informal constitui o lugar de guarida, apesar das condições precárias somadas à situação de vulnerabilidade e à incerteza da proteção social.
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