Parques tecnológicos e incubadoras no Brasil: uma análise bibliométrica

Abstract

Discussões sobre parques tecnológicos e incubadoras surgiram no Brasil a partir dos anos 1980. O presente artigo buscou analisar como a literatura específica brasileira aborda os parques tecnológicos e as incubadoras. O caminho metodológico que conduziu a presente pesquisa permite considerá-la como pesquisa explicativa, de análise qualitativa, baseada no método de pesquisa bibliográfica. Como encaminhamento, a análise documental fez-se através de coletas a partir de fontes secundárias encontradas no repositório da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações. Como passo seguinte, fez-se necessário delimitar um recorte metodológico para obtenção da amostra. A seguir, adotou-se apenas teses produzidas nos últimos vinte anos (compreendidos entre 2000 até 2020) como limite temporal. Inicialmente, a coleta totalizou vinte e cinco teses que abordavam a temática escolhida. Assim, após a leitura e análise, foi possível perceber que seis dessas teses não eram destinadas em sua temática central para o estudo de parques tecnológicos e ou incubadoras, sendo dessa maneira descartadas. Ao final, foi possível obter o total de dezenove teses. Ademais, foi possível categorizar as teses encontradas em sete eixos centrais: análise; proposição; prospecção; governança; gestão do conhecimento; redes; capital social. A ampla maioria dos trabalhos elencados são resultados de pesquisa qualitativa. Destacam-se UFSC e UFSCAR, como instituições detentoras das maiores quantidades de trabalhos selecionados. Por fim, recomenda-se aprofundar esta análise, visando extrair o conjunto de indicadores e variáveis que foram utilizadas no contexto de cada uma das teses analisadas, possibilitando a formação de arcabouço teórico-metodológico para a construção de uma ferramenta de análise nestes ecossistemas.