A sustentabilidade social, ambiental e econômica em territórios da reforma agrária no sul do Amazonas

Abstract

O principal desafio do desenvolvimento sustentável, de uma determinada região, é a sinergia entre os aspectos ambientais, sociais e econômicos, que garantem a qualidade de vida das atuais e futuras gerações, bem como dos recursos naturais. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi analisar a sustentabilidade dos Projetos de Assentamentos Matupi e São Francisco. O procedimento metodológico consistiu em uma abordagem quanti-qualitativa e para a coleta de dados foram aplicados 156 formulários semiestruturados nos assentamentos estudados. Por meio do processo sociotécnico MACBETH avaliou-se sete critérios pertinentes para o desenvolvimento social, econômico e ambiental no assentamento: renda, título da terra, tempo de residência, crédito/ATER, CAR/PRAD, área de uso e atividade econômica. Foi realizada a quantificação do uso da terra no assentamento com os dados do Programa de Cálculo de Desflorestamento da Amazônia (PRODES). Os mapas baixados foram sobrepostos ao arquivo digital do limite dos assentamentos utilizando o software ArcGis para o recorte da área. Os critérios que apresentaram as maiores sensibilidades no PA Matupi foram à área de uso e atividade econômica exercida pelos beneficiários. Já no São Francisco, a renda foi o critério com a maior sensibilidade. O Sistema de Apoio a Decisão MACBETH demonstrou ser uma ferramenta importante para o estudo de critérios necessários para o desenvolvimento em territórios de reforma agrária, além de ser útil no apoio as instituições responsáveis pela implementação de políticas públicas destinadas a assentamentos rurais na Amazônia.