A Política de avaliação da educação básica brasileira e sua orientação para atendimento às necessidades do mercado
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n6-050Keywords:
reformas educativas, políticas educacionais, avaliação sistêmica, capitalismo, neoliberalismoAbstract
O artigo se propõe a refletir as reformas no Estado brasileiro a partir da década de 1980, com foco nas reformas educacionais na América Latina e suas políticas para o controle da escola pública no Brasil. Destaca-se a implementação das avaliações sistêmicas da educação básica que revelam o nível de aprendizagem dos alunos por meio de indicadores escolares. Essa abordagem é defendida por organizações como o Movimento Todos Pela Educação e suas Fundações e Institutos associados, que interferem diretamente nas escolas públicas com soluções prontas e abordagens orientadas para o mercado. Também é discutida a avaliação externa como forma de controle social, embora seja essencial que ela avance o processo educacional e seja primordial para a elaboração de políticas que promovam a formação e emancipação do cidadão, visando a transformação social. Contudo, a forma como é implantada e implementada promove a pressão sobre os professores, propagando uma meritocracia que estimula a concorrência e incentiva a bonificação.
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