Da Práxis Territorial Popular à conservação da natureza na apa bacia do rio do cobre/São Bartolomeu, Salvador-BA (BR)
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n6-029Keywords:
mata atlântica, sustentabilidade, mínimo existencial ambiental, dignidade humana, ruralidade metropolitanaAbstract
Neste artigo investiga-se os usos culturais da natureza relativos à dinâmica da ruralidade metropolitana e as estratégias desenvolvidas para a conservação ambiental dos fragmentos remanescentes urbanos da Mata Atlântica na Área de Proteção Ambiental do rio do Cobre/São Bartolomeu, Salvador, Bahia. Estas estratégias se pautaram metodologicamente na práxis territorial popular viabilizada através da pesquisa-ação, com atividades de extensão e pesquisa realizadas desde 2017, na Unidade de Conservação da APA Bacia do Cobre/São Bartolomeu entre pesquisadores do grupo de Pesquisa Desenvolvimento, Sociedade e Natureza (DSN), do Programa de Pós-Graduação em Território, Ambiente e Sociedade, ambos da Universidade Católica do Salvador (UCSAL) e segmentos da sociedade civil que agem no território. Os resultados da pesquisa ressaltaram a indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão, que possibilitaram a efetivação do conhecimento formal e informal sobre a relação sociedade e ambiente na unidade de conservação, bem como possibilitou o reconhecimento e maior visibilidade dos modos de vida rural e urbano, em coexistência, e a luta pelo território e pela conservação da floresta e das águas. Além disso, emergiu como resultado a constatação da interdependência entre conservação da natureza e conservação da vida humana, cujo acesso aos projetos ecológicos-ambientais pode configurar uma via alternativa socioambiental e possível de desenvolvimento social.
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