Os contributos das áreas verdes para a manutenção da homeostase biológica de pacientes hospitalizados

Authors

  • Claudio Lima Ferreira
  • Larissa Vaz Lima

DOI:

https://doi.org/10.55905/oelv21n11-106

Keywords:

neurociências, arquitetura hospitalar, áreas verdes, biofilia, equilíbrio homeostático

Abstract

Pesquisas pertinentes apontam que estímulos arquitetônicos contribuem com a restauração do equilíbrio do corpo e, consequentemente, com o bem-estar. Para mais, tais estudos compilam vantagens para o tratamento de pacientes hospitalizados, principalmente, advindas do contato com ambientes naturais, o que pode ser elucidado pela Teoria da Biophilia. Por intermédio de revisão bibliográfica e análise de pesquisas aplicadas em hospitais nacionais e internacionais, extraídas de bases de indexação da produção científica no período de 2000-2020, contatou-se que as áreas verdes em ambiências hospitalares [a] promovem estímulos que potencializam emoções e sentimentos positivos; [b] agem na diminuição dos níveis de estresse e ansiedade; [c] reduzem a dor, a ingestão de analgésicos e o tempo de internação; e [d] aumentam a satisfação do paciente. Com a divulgação destes resultados, almeja-se, além de evidenciar a indispensabilidade de mais estudos a respeito, e da real conexão de disciplinas afins para análise profunda e holística da relação corpo-mente-espaço, indicar perspectivas às ambiências hospitalares.

References

Bratman, G. N., Hamilton, J. P. & Daily, G. C. (2012). The impacts of nature experience on human cognitive function and mental health. Annals of the New York Academy of Sciences, 1249, p. 118-136.

Cardoso, R. (2016). Design para um mundo complexo. Ubu Editora.

Corral-Verdugo, V. (2005). Psicologia Ambiental: objeto, “realidades” sócio-físicas e visões culturais de interações ambiente-comportamento. Psicologia USP, 1-2(16). https://doi.org/10.1590/S0103-65642005000100009.

Curtillo, A., Rathore, N. Reynolds, N., Hilliard, L., Haines, H., Whelan, K. & Madan-Swain, A. (2015). The impacts of nature experience on human cognitive function and mental health. Annals of the New York Academy of Sciences, 1249, p. 118-136.

Damásio, A. (2004). Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos. Companhia das Letras.

Damásio, A. (2011). E o cérebro criou o homem. Companhia das Letras.

Damásio, A. (2012). O erro de Descartes: emoção, razão e cérebro humano. (third ed.). Companhia das Letras.

Dorbert, L. Y. & Constantino, N. R. T. (2013). Conforto humano proporcionado por áreas verdes hospitalares. Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo: contexto contemporâneo e desafios, 2, p. 96-105.

Eberhard, J. P. (2009). Applying a Neuroscience to Architecture. Neuron, 62, p. 753-756.

Elali, G. A. (2009). Relações entre comportamento humano e ambiências: uma reflexão com base na Psicologia Ambiental. In Colóquio Internacional Ambiências Compartilhadas, Anais do Colóquio Ambiências Compartilhadas (1-17). ProArq-UFRJ.

Faria, B. A. C. de. (2018). Arquitetura e Neurociência: O projeto paisagístico como auxilio ao tratamento não farmacológico da doença de Alzheimer (Dissertação de Mestrado), Universidade Anhembi Morumbi, Pós-Graduação em Design, São Paulo.

Hand, K. L., Freeman, C., Seddon, P. J., Recio, M. R., Stein, A. & Heezik, Y. (2017). The importance of urban gardens in supporting children’s biophilia. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 114(2), p. 274-279.

Kalvaitis, D. & Monhardt, R. (2015). Children Voice Biophilia: the Phenomenology of Being in Love with Nature. The Journal of Sustainability Education, 9, p. 1-21.

Kaplan, R. & Kaplan, S. (1989). The experience of nature: A psychological perspective. Cambridge University Press.

Karakas, T. & Yildiz, D. (2019). Exploring the influence of the built environment on human experience through a neuroscience approach: A systematic review. Frontiers of Architectural Research, 9, p. 236-247.

Karakoç, E. & Polat, A. T. (2019). Design principles of healing gardens for disable children. In International Conference on Sustainable Agriculture and Environment (6 ed.), Konya. Proceeding Book (134-139). Sage.

Leitner, A. D. & Pina, S. M. (2020). Arquitetura sob a ótica da humanização em ambientes de quimioterapia pediátrica. Ambiente Construído, 20(3), p. 179-198.

Lent, R. (2004). Cem bilhões de Neurônios? Conceitos Fundamentais de Neurociência. (second edition). Atheneu.

Lent, R. (2008). Neurociência da mente e do comportamento. Guanabara Koogan.

Medeiros, L. (2004). Humanização hospitalar, ambiente físico e relações assistenciais: a percepção de arquitetos especialistas (Dissertação de Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Natal.

Paiva, A. & Jedon, R. (2019). Short- and long-term effects of architecture on the brain: Toward theoretical formalization. Frontiers of Architectural Research, 8, p. 564-571.

Pallasmaa, J. (2013). A imagem corporificada: imaginação e imaginário na Arquitetura. Bookman.

Pallasmaa, J. (2017). Habitar. Gustavo Gili.

Paraskevopoulou, A. T. & Kamperi, E. (2018). Design of hospital healing gardens linked to pre- or post-occupancy research finding. Frontiers of Architectural Research, 7, p. 395-414.

Park, S. & Mattson, R. H. (2009). Therapeutic Influences of Plants in Hospital Rooms on Surgical Recovery. HortScience, 44(1), p. 102-105.

Pasha, S. & Shepley, M. M. Research note: Physical activity in pediatric healing gardens. Landscape and Urban Planning, 118, p. 53-58.

Pinheiro, J. Q. & Elali, G. A. (1998). Comportamento sócio-espacial humano. UFRN.

Reeve, A., Nieberler-Walker, K. & Desha, C. Healing gardens in children’s hospitals: reflections on benefits, preferences and design from visitors’ books. Urban Forestry & Urban Greening, 26, p. 48-56.

Rogers, K. (2012). The Biophilia Factor. In Rogers, K., Out of Nature: Why Drugs from Plants Matter to the Future of Humanity. p. 49-72. University of Arizona Press.

Said, I. (2003). Garden as in environmental intervention in healing process of hospitalized children. In Annual Seminar on Sustainability Science and Management (2 ed.), Quo Valis Ecological Economic and Sciences. Kemaman.

Saunders, J. P. Biophilia in Thoreau’s Walden. In Saunders, J. P., American Classics: Evolutionary Perspectives. p. 37-60. Academic Studies Press.

Silveira, B. B. & Felippe, M. L. (2019). Ambientes Restauradores: conceitos e pesquisas em contextos de saúde. UFSC.

Sherman, S., Varni, J., Ulrich, R. & Malcarne, V. Post-occupancy evaluation of healing gardens in a pediatric cancer center. Landscape and Urban Planning, (2-3), p. 167- 183.

Thibaud, J. P. (2004). O ambiente sensorial das cidades: para uma abordagem de ambiências urbanas. In Tassara, E. T., Rabinovich, E. P. & Guedes, M. C. (Orgs.), Psicologia e ambiente. p. 347-361. EDUC.

Thibaud, J. P. (2018). Ambiência. In Cavalcante, S. & Elali, G. A. (Orgs.), Psicologia Ambiental: conceitos para a leitura da relação pessoa-ambiente. p. 15-30. Vozes.

Ulrich, R. (1984). View through a Window May Influence Recovery from Surgery. Science, 224(4647), p. 420-421.

Ulrich, R. (2001). Effects of Healthcare Environmental Design on Medical Outcomes. International Academy for Design and Health, p. 49-59.

Ulrich, R. (2002). Health Benefits of Gardens in Hospitals. In International Exhibition, Paper for conference Plants for People (p. 1-10).

Whitehouse, S., Varni, J. W., Seid, M., Cooper-Marcus, C., Ensberg, M. J., Jacobs, J. R. & Mehlenbeck, R. S. (2001). Evaluating a Children’s Hospital Garden Environment: Utilization and Consumer Satisfaction. Journal of Environmental Psychology, 21, p. 301-314.

Zuanon, R., Monteiro, E. Z., Faria, B. A. C. de & Lima, L. V. (2020a). Projeto Paisagístico – Neurociência: contributos das áreas verdes ao equilíbrio homeostático de pacientes da oncologia pediátrica. In Lyra, A. P. R., Ferreira, C. L., Pagel, E. C., Monteiro, E. Z., Oliveira, M. R. da S. & Zuanon, R. (Orgs.), Cidade e Representações. p.78-100. Letra Capital.

Zuanon, R., Ferreira, C. L. & Monteiro, E. Z. (2020b). Ambientes e Produtos Homeodinâmicos: perspectivas e contribuições à saúde e ao bem-estar do ser humano. DAT Journal, 5(4), p.194-2012.

Published

2023-11-17

How to Cite

Ferreira, C. L., & Lima, L. V. (2023). Os contributos das áreas verdes para a manutenção da homeostase biológica de pacientes hospitalizados. OBSERVATÓRIO DE LA ECONOMÍA LATINOAMERICANA, 21(11), 20528–20544. https://doi.org/10.55905/oelv21n11-106

Issue

Section

Articles