Análise da associação entre a produtividade e do consumo de agrotóxicos em lavouras de algodão nos principais estados produtores
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n11-077Keywords:
uso de defensivos agrícolas, cultura do algodão, área plantada de algodão, produtividade de algodãoAbstract
O Brasil é um dos cinco maiores produtores mundiais de algodão, juntamente, com a China, Índia, EUA e Paquistão, com os estados de Mato Grosso, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais se destacando. Uma característica da cultura é o uso intensivo de agrotóxicos, sendo a quarta cultura que mais consome estes produtos, visando o combate às pragas e doenças e aumento da produtividade. Desse modo, objetivou-se analisar a associação entre o uso de agrotóxicos e a produtividade das lavouras de algodão. Para isso, foram utilizados dados secundários de órgãos oficiais sobre área de plantio, produtividade e volume de compostos químicos utilizados nos cinco principais estados produtores, entre 2012 a 2018. Foram calculadas a produtividade e as correlações de Person e parciais, analisando a associação em agrotóxicos e produtividade. Constatou-se que a área plantada tem diminuído, com exceção de Mato Grosso (elevação de 4,5%) e que o consumo de agrotóxico é alto, destacando-se a Bahia com a menor quantidade (7,3 kg/ha) e Mato Grosso do Sul, maior consumidor (468,30 kg/ha). Quanto à produtividade, ocorreu incremento em todos os estados, se destacando Bahia (58,2%), Minas Gerais (34,8%) e Mato Grosso do Sul (32,6%), enquanto Mato Grosso (10,0%) e Goiás (2,6%) tiveram a menor produtividade. Quanto à análise da produtividade relacionada as aplicações de agrotóxicos, em Mato Grosso tal situação tem produzido bons resultados. Já, na Bahia, a aplicação tem pouca influência. Em Goiás e Mato Grosso do Sul, as variáveis agrotóxico e produtividade estão correlacionadas, enquanto em Minas Gerais a produtividade diminui quando não se utiliza os produtos e aumenta significativamente com seu uso. Os resultados indicaram que a cultura do algodão continua dependente do uso de agrotóxicos na maior parte dos estados produtores, embora uma maior quantidade utilizada não se traduza automaticamente em maior produtividade.
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