Os elementos conectivos na construção da coesão e coerência no gênero redação
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n11-025Keywords:
redação, gramática, conectivos, coesão, coerênciaAbstract
A produção de texto para vestibulares é a oportunidade de os alunos demonstrarem domínio de conhecimentos linguísticos, gramaticais e das competências comunicativas requeridas em provas como o Exame Nacional do Ensino Médio, o ENEM, aplicadas pelos Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira com a finalidade de avaliar o desenvolvimento escolar de estudantes brasileiros em fase final da educação básica. Entre os aspectos avaliados cobrados no exame, estão as competências I e IV, que solicitam o domínio da norma padrão da Língua Portuguesa e demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto, respectivamente, na chamada prova de redação. Tendo em vista os aspectos gramaticais envolvidos no processo de escrita que devem ser acionados em avaliações como a supracitada, o estudo em questão busca analisar o uso de conectivos para construção de coesão e coerência nas redações do 3º ano do Ensino Médio do IFMA, campus São João dos Patos, Maranhão. Para isso, optou-se por uma abordagem metodológica qualitativa Inicialmente, foram realizados levantamentos bibliográficos que versam sobre o que é texto e sobre o gênero redação, aspectos gramaticais no que se refere ao uso de conectivos e a construção nesse sentido e como principal contribuição teórica os trabalhos de Halliday e Hassan (1976), Ribeiro (2018), Marcuschi (2017) e Fávero (2006). Posteriormente, foi realizada análise documental tendo como corpus redações produzidas por alunos do 3º ano do Ensino Médio do IFMA, campus São João dos Patos. Ao examinar os textos dos alunos, verificou-se que o conhecimento das estratégias existentes para a construção da coesão e coerência de um texto pode auxiliar de forma significativa na sua produção; os alunos, produtores dos textos analisados fazem uso dos elementos conectores de forma satisfatória, de maneira a organizar o encandeamento de ideias dos textos e contribuir para a coesão e coerência das redações. O ensino de Língua Portuguesa, no que concerne às produções de textos, deve contemplar, de forma contextualizada, as regras gramaticais por meio de leituras a variados gêneros textuais.
References
ANTUNES, I. Análise de textos: fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola Edito-rial, 2010
ANTUNES, I. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo. Parábola, 2003.
BEAUGRANDE, Robert-Alain de. New foundations for a science of text and discourse: cognition, comunication, and the freedom of access do knowledge and society. Norwood: Ablex publishing corporation, 1997.
BEAUGRANDE, Robert-Alain de, DRESSLER, Wolfgang U. Introduction to text linguistics. Londres, Longman, 1981.
BRASIL. MEC, Base Nacional Comum Curricular–BNCC, versão aprovada pelo CNE, novembro de 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf. Acesso em: 20 nov. 2022.
BRASIL. INEP. Redação no ENEM 2019: cartilha do participante. Brasília: INEP, 2019b. Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/downloads/2019/redacao_enem 2019_cartilha_participante.pdf. Acesso em: 20 nov, 2022
DA ROCHA, Max Silva; SILVA, Maria Margarete de Paiva. A linguística textual e a construção do texto: um estudo sobre os fatores de textualidade. A Cor das Letras, [S. l.], v. 18, n. 2, p. 26–44, 2017.
FÁVERO, L. L. Coesão e Coerência Textuais. 11ª ed. Série Princípios. São Paulo: Editora Ática, 2006.
GUEDES, P. C. Da redação a produção textual: o ensino da escrita. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
HALLIDAY, M.A.K.; HASAN, R. Language, context, and text: aspects of language in a social-semiotic perspective. New York: Oxford Press, 1989.
HARTMANN, Schirley Horácio de Gois; SANTAROSA, Sebastião Donizete. Práticas de escrita para o letramento no ensino superior. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2012.
KLEIMAN, Ângela. B. Preciso ensinar o letramento: não basta ensinar ler e escrever. Cefiel/ IEL/ Unicamp, set. 2005. Disponível em: < www.iel.unicamp.br/cefiel/alfaletras/biblioteca_professor/arquivos>. Acesso em: 20 nov. 2022.
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Escrever e argumentar. São Paulo: Contexto, 2016.
KOCK, I. V.; TRAVLAGLIA, L.C. A coerência textual. 18° ed. São Paulo: Contexto, 2015.
KRESS, G.; VAN LEEUWEN, T. Front Pages: (The critical) analysis of newspaper layout. In: BELL, Allan; GARRET, Peter. (Eds.) Approaches to media discourse. Blackwell Publishing, 1998. p. 186-219.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: BEZERRA, M. A.; MACHADO, A. R.; DIONÍSIO, A.P. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2010.
MARQUESIN, Denise Filomena Bagne; BENEVIDES, Claudio Roberto; BAPTISTA, Denise Cristina. Leitura e escrita no ensino superior. Revista de Educação, v.14, n. 17, p. 9 - 28, 2011.
RIBEIRO, Ana Elisa. Escrever, hoje – palavra, imagem e tecnologias digitais na educação. 1ª ed., São Paulo: Parábola Editorial, 2018.
ROTH, D. M et al (org). Gênero: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005.
STREET, B. V. What’s “new” in New Literacy Studies? Critical approaches to literacy in theory and practice. Current Issues in Comparative Education, Columbia, v. 5, n. 2, p. 77-91, 2003. Disponível em: Acesso em: 20 nov. 2022.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.