Percepção dos agentes comunitários de saúde sobre a condição de acesso dos imigrantes aos serviços de saúde
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n11-006Keywords:
acesso, serviços, saúde, imigrantes, vulnerabilidadesAbstract
A Constituição Federal Brasileira de 1988 e a atual Lei da Migração Brasileira garantem o pleno acesso dos imigrantes aos serviços de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste sentido, este estudo visou descrever a percepção do Agentes Comunitários de Saúde (ACS) acerca da condição de acesso ao serviço de saúde pelos imigrantes. Trata-se de um estudo de campo, realizado com 210 ACS que atuam em sete municípios da região Sul do Brasil. Foi utilizado um questionário estruturado. Realizou-se análise descritiva das variáveis a partir do programa SPSS. Os ACS definiram que os imigrantes de seu território, em sua maioria são de origem venezuelana (74,28%) e haitiana (52,3%) e possuem condição migratória documentada (79,04%). Ao todo 96,6% dos ACS realizam visitas aos imigrantes, em sua maioria com frequência mensal (79,9%). O idioma foi considerado a principal dificuldade para realizar as visitas domiciliares (76,19%). A maioria (93,4%) informou não ter recebido capacitação para o trabalho com os imigrantes. O limitado conhecimento dos ACS sobre a condição imigratória dos refugiados e as barreiras de idioma entre ACS e imigrantes geram dificuldades de acesso aos serviços de saúde pelos últimos.
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