Redução do desgaste por freeting em um carro alimentador de uma prensa hidraúlica utilizando a técnica de análise modal
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n9-164Keywords:
fretting, análise modal, desgaste, indústria cerâmica, simulaçãoAbstract
Nas indústrias de revestimentos cerâmicos com tecnologia via seca, o carregamento da matéria prima na matriz é feito por grelhas movidas por carros alimentadores. Durante seu funcionamento, ocorre acúmulo de pó na grelha alimentadora, no qual este é retirado com movimentos vibratórios, por meio de um vibrador pneumático. Este vibrador está conectado a quatro hastes fabricadas em aço AISI 1020, e estas são apoiadas em mancais. Com o movimento vibratório, o mancal é submetido a micro impactos sucessivos, que ocasionam o desgaste nas hastes pelo mecanismo de fretting. O objetivo deste trabalho então foi analisar o projeto da grelha e propor uma melhoria para minimizar esta fonte de desgaste. No estudo, foi utilizado simulações numéricas com o software ANSYS®, para identificar os nós modais, e estabelecer a instalação dos mancais neste nó. Para avaliar a eficiência do método numérico, foram realizados ensaios em uma bancada vibratória. Ao longo destes, mediu-se a perda de massa das hastes no mancal instalado na posição original e na realocada. Com as simulações, foi determinado a amplitude de 30,22 mm na posição original, enquanto no ponto realocado, a amplitude exibiu valor nulo. Nos respectivos pontos de apoio, após 50 horas de ensaio, observou-se uma perda de massa de 0,11 g no ponto original contra apenas 0,01 g no realocado. Com este estudo, foi possível identificar os melhores pontos de apoio para reduzir o desgaste por fretting, comprovando a eficácia do método de simulação empregado.
References
Almeida, S. F. D., Nóbrega, P. G. B. D., & Hanai, J. B. D. (2004). Análise de vibrações de pisos de concreto pré-moldado.
Bhushan, B. (2001). Modern tribology handbook, two volume set. CRC press.
Chiaverini, V. (2005). Aços e ferros fundidos. 6ª Edição. São Paulo, SP.
Chowdhury, M. A., & Helali, M. M. (2007). The effect of frequency of vibration and humidity on the wear rate. Wear, 262(1-2), 198-203.Datsyshyn, O.P. e Kadyra, V.M. Jornal Internacional de Fadiga. V. 28, p. 375-385. Issue 4, 2006.
Chowdhury, M. A.; Helali, M. M. O efeito da frequência de vibração e umidade na taxa de desgaste, Desgaste, v. 262, p.198-203, 2007.
Fantetti, A., Tamatam, L. R., Volvert, M., Lawal, I., Liu, L., Salles, L., ... & Nowell, D. (2019). The impact of fretting wear on structural dynamics: Experiment and Simulation. Tribology International, 138, 111-124.
Garcia, A.; Spim, J.; A. Santos, C.A. Ensaio dos materiais. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
Hattori, T., & Watanabe, T. (2006). Fretting fatigue strength estimation considering the fretting wear process. Tribology International, 39(10), 1100-1105.
Kirk, A. M., Shipway, P. H., Sun, W., & Bennett, C. J. (2020). Debris development in fretting contacts–Debris particles and debris beds. Tribology International, 149, 105592.
Kubiak, K. J., Liskiewicz, T. W., & Mathia, T. G. (2011). Surface morphology in engineering applications: Influence of roughness on sliding and wear in dry fretting. Tribology International, 44(11), 1427-1432.
Madge, J. J., Leen, S. B., & Shipway, P. H. (2007). The critical role of fretting wear in the analysis of fretting fatigue. Wear, 263(1-6), 542-551.
Marmontel, C. F. F., Silva, J. M. G. G., Oliveira, L. L., & Polioni, M. C. (2011). Análise Metalografia de Metais. Arte e Ciência.
McColl, I. R., Ding, J., & Leen, S. B. (2004). Finite element simulation and experimental validation of fretting wear. Wear, 256(11-12), 1114-1127.
Molina, R. S., Vibrações Mecânicas. Rio Grande do Sul: Departamento de Engenharia Mecânica, 2001.
NBR, N. (2000). 87-Aço carbono e ligados para construção mecânica–Designação e composição química. Rio de Janeiro: ABNT.
Peng, J. F., Zhu, M. H., Cai, Z. B., Liu, J. H., Zuo, K. C., Song, C., & Wang, W. J. (2014). On the damage mechanisms of bending fretting fatigue. Tribology international, 76, 133-141.
Piccoli, H. C., Mecânica das vibrações. Rio Grande do Sul – UFRGS, 2000.
Rêgo, E. M. F. D. (2017). Mecânica da fratura baseada em deformação aplicada em fadiga por fretting.
Schwarz, B. J., & Richardson, M. H. (1999). Experimental modal analysis. CSI Reliabi-lity week, 35(1), 1-12.
Silva, A. L. C. E; Mei, P. R. Aços e ligas especiais. São Paulo: Edgard Blücher, 2010.
Talemi, R. H., Wahab, M. A., & De Baets, P. (2011, July). Numerical modelling of fret-ting fatigue. In Journal of Physics: Conference Series (Vol. 305, No. 1, p. 012061). IOP Publishing.
Tobi, A. M., Ding, J., Bandak, G., Leen, S. B., & Shipway, P. H. (2009). A study on the interaction between fretting wear and cyclic plasticity for Ti–6Al–4V. Wear, 267(1-4), 270-282.
Varenberg, M., Halperin, G., & Etsion, I. (2002). Different aspects of the role of wear debris in fretting wear. Wear, 252(11-12), 902-910.
Xiaosong, J., Jingrui, L., Wanxia, L., & Degui, Z. (2019). Experimental and finite ele-ment analysis of the influence of contact pressure on fretting fatigue behavior of Al-Zn-Mg alloy. KOVOVE MATERIALY-METALLIC MATERIALS, 57(2), 143-149.
Zaghdoudi, S., & Gibert, R. J. (1992). Paper III (i) Impact Wear Analysis. In Tribology Series (Vol. 21, pp. 67-74). Elsevier.
Zeng, D., Zhang, Y., Lu, L., Zou, L., & Zhu, S. (2019). Fretting wear and fatigue in press-fitted railway axle: a simulation study of the influence of stress relief groove. International Journal of Fatigue, 118, 225-236.
Zhu, M. H., & Zhou, Z. R. (2011). On the mechanisms of various fretting wear modes. Tribology International, 44(11), 1378-1388.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.