A importância da supervisão escolar na adoção de políticas e práticas pedagógicas de combate ao bullying gendrado
DOI:
https://doi.org/10.55905/oelv21n9-099Keywords:
supervisor, bullying, homossexualidade, gêneroAbstract
No ano de 1998, a orientação sexual foi incluída como tema transversal nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), abrindo portas para que em 2004, o Governo Federal criasse o programa “Brasil Sem Homofobia”, o qual apresenta diretrizes nos Sistemas de Ensino que orientam à implementação de ações de combate à discriminação no que tange à orientação sexual. Nesse segmento, o bullying em relação a gênero, é considerado um problema grave e deve ser enfrentado por toda a comunidade escolar, sendo a escola, um importante espaço de socialização, onde se deve tomar medidas pedagógicas e políticas para a prevenção desse tipo de bullying. Para tanto, objetiva-se nesse estudo, verificar as medidas políticas e educativas adotadas por supervisores escolares para coibir a homofobia; utilizando-se como norte, uma metodologia qualitativa, que compreende entrevistas de supervisoras do Ensino Fundamental I de escolas públicas e privadas, em uma cidade no Sul do Estado de Minas Gerais. Nesse contexto, dados apontam que se trata do bullying gendrado, pelo fato de ser praticado por meninos e meninas de forma diferenciada, repetindo-se, então, estereótipos atribuídos a cada um dos sexos na sociedade – questão que exige atenção dos gestores quanto às intervenções efetivas no que se refere a essa variável. Porém, deve-se considerar o sentimento de ameaça identificado nos supervisores, já que trabalham de forma singularizada e esbarram na “ideologia de gênero” – discussão proibida no município.
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